Domingos Florentino é o Pseudónimo de Marcolino Moco. Nasceu a 19 de Julho de 1953 na província de Huambo, na aldeia de Chitue, antiga Vila Flor. É descendente de uma importante linhagem de chefes tradicionais do Centro de Angola. É licenciado em Direito na Universidade Agostinho Neto. Foi Governador de Província, Bié e Huambo, Ministro da Juventude e Desportos, Secretário-Geral do MPLA, Primeiro-Ministro e Presidente da Comunidade dos Países de Língua Portuguesa (CPLP).
Os seus versos falam da luta, da esperança no futuro, do amor sensual, da relação íntima com a natureza assim como a dramática situação que Angola hoje vive, sendo, como tal, uma poesia comprometida com a revolução social apesar da nebulosidade desta opção nos efeitos estético-literários. Das suas obras constam: “As Raízes do Porvir” (1995), “A luz Alfabetizada das Palavras” (2002), “Sonho de Amor” (2000), “Vocifuka Colonyañe” O Diário da Ilha Graça-(2008).
Sonho, de amor
O meu sonho
e uma madeixa dos teus cabelos
sufocada ao luar de uma noite
cansada de amor
O meu sonho
somos nós, tu e eu
no corcel da vida
à procura do sol
Falo do sonho, amor
do nosso sonho
em que brincamos com crianças não paridas
com esperanças sangrando desesperanças
O meu sonho
és tu, Minda-a-Mulata
sonhando com a vida e morrendo
em tempo de fome farta
e a guerra a acabar
(ou a reatar?)
O meu sonho
é sonho de mar
as ondas indo e vindo
do fim do Mundo
as aves a voar
(Raízes do porvir)
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